
Te conhecer foi, muitas vezes, conhecer a mim mesma e ao mesmo tempo foi reconhecer que existe um universo fora desse meu, mais ou tão complexo quanto meu. Conhecer-te foi ver um reflexo incomum, foi o que me fez flexível, foi me colocar no lugar do outro, somente por eu seu o próprio outro. Somos tão parecidos em defeitos, em pensamentos. Somos tão contraditórios. Somos tanto, fomos tão, tão amigos, um dia, que antes mesmo que você me relatasse a sua dor eu já sabia que ela existia dentro de você, somente pelo seu modo de agir. Somente porque, talvez, eu fizesse a mesma coisa em seu lugar. Eu somente reconheci aquilo que me era familiar. – lembrei, somos parecidos – E eu ainda te decifro e agora eu só queria que isso fosse recíproco, queria que você notasse que adiar a guerra não vai diminuir a dor que fere no peito. Queria que você notasse que meu súbito silêncio e que meu desvio de olhar é a prova que tal dor também me atinge, que tal dor também me atormenta. Queria que você notasse que o que mais nos incomoda nessa historia toda é a ausência. Mas se é isso, porque respondemos a dor com a própria dor ?
Somos parecidos, somos ou fomos, sei lá, amigos, nos conhecemos e sabemos o que o outro esta tentando fazer, sabemos que não vai dar certo, mas permanecemos em silêncio. Por quê? Existe entre nós mais que uma dor, existe um vazio que foi se formando aos poucos, somente por nós termos adiado várias guerras. Mas agora é diferente não é ? Somos diferentes, pelo visto. Estou indo em frente, não estou adiando nada, espero que você também não.
Somos parecidos, somos ou fomos, sei lá, amigos, nos conhecemos e sabemos o que o outro esta tentando fazer, sabemos que não vai dar certo, mas permanecemos em silêncio. Por quê? Existe entre nós mais que uma dor, existe um vazio que foi se formando aos poucos, somente por nós termos adiado várias guerras. Mas agora é diferente não é ? Somos diferentes, pelo visto. Estou indo em frente, não estou adiando nada, espero que você também não.
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