Como a chuva escorre na janela, como o tempo passa quando a
gente quer que ele corra, como tantas vezes nossos desejos são atendidos, como
é a forma mais encantadora de se criar um sentimento, como os passos de uma
formiga, é dessa forma que tudo vai se destrinchar: de--va---gaaar. E enquanto
isso? A gente senta na varanda, sente a brisa e aprecia a vista. Talvez você se
emocione lembrando de alguma coisa, ou talvez você caia na risada. Pode ser
também que você se lembre de algo que o preocupa ou algo que faça você dormir
bem. Talvez você levante e procure algum filme novo na gaveta ou na TV, se não
encontrar você coloca uma música e nem se preocupa em notar se aquela é sua
favorita, ou se ela vai te fazer algum bem. Você vai checar o telefone, a caixa
de e-mail e desabar no sofá. Você não estava esperando por ninguém. Você sempre
desconfiou que não houvesse nada no e-mail. Mas a esperança é a ultima que
morre e pra te livrar desse tédio vale a pena tentar tudo.
Depois...
Como a duração da sua música favorita, como o baque de tudo
que um dia você sonhou, como o choque da realidade, como as tardes de tanajura,
como a sua infância, como a areia escorre dos seus dedos, é dessa forma que
você vai finalmente notar o quanto já perdeu daquilo que julgava o “sempre”: rápidodemais.
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