Tenho medo de perder
A única coisa que é minha na vida, assim mesmo não sendo,
Por um devaneio bobo
Que afoga meu encanto
E desaparece com meus dizeres
Que nunca foram certos
Mas sempre foram à certeza
De que me mantenho viva
Tenho medo de que um futuro desejo
Cegue meus olhos, tape meus ouvidos
E me prenda num escuro sem esperança de clarão,
Ou de uma faísca sequer,
Prenda-me num caminho sem rumo
Ou que roube o rumo disto que chamo de caminho
Que é meu único caminho para um viver mais manso
Tenho medo que ele seja desfeito
Como um monte de areia em meio a vento forte
Como estatua de açúcar em meio à chuva
Tenho medo de que meu medo de evoluir me impeça do mesmo.
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