domingo, 19 de junho de 2011
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Era, apenas, mais um brilho nos olhos, mais um fascínio mesmo que ainda incerto, era, apenas, uma curiosidade a mais, era cada vez mais querer desvendar. Era um novo percurso, uma estreita trajetória, um irresistível desafio no meio de um nada que era tudo isso, mas apesar de todo esse desejo existir, também existia em mim um medo, um grande medo do que estaria por vir. Demorei, só acompanhei a historia da qual eu queria participar, narrei. Fiz a minha suposta parte do lado de fora de um limite imaginário que criei. Fiz tudo o que pude até perceber que poderia um pouco mais e com a ajuda de um alguém pronunciei algumas, poucas, satisfatórias palavras, palavras que seriam o ponta pé de um realmente existir. Agora era chegada a hora de fazer acontecer. Porém, entre as linhas da minha historia havia outras linhas que estavam por terminar, e eu não tinha noção das conseqüências desse fim em meio ao meu começo. Continuei sem essa noção, eu tinha pouco em minhas mãos, mas esse pouco era suficiente, esse pouco foi suficiente até eu descobrir que algo de melhor poderia vir a existir. Foi bem aí que começaram as angustias, o medo, as frustrações, o deliciar do sonho, as alegrias, o maravilhoso degustar do bom e o saber do quanto é trabalhoso ter o bom, ser bom. E isso nos pediria mais do que ser bem, bem disposto, bem determinado, bem confiante. Isso exigiria que nós, os personagens dessa nova historia, estivéssemos dispostos, a abdicar de outros sonhos, outras alegrias, outro deliciar, outro querer. Isso exigiria total doação de si e se doar por total ainda seria pouco (...)
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